Maranhão têm queda de 3,3% no número de mortes violentas intencionais, aponta estudo
11/12/2024
Estudo foi feito entre os estados que compõe a Amazônia Legal. De acordo com pesquisadores, a região é estratégica para as organizações criminosas.
g1
O Maranhão registrou uma queda de 3,36% no número de mortes violentas intencionais, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC), e que foram divulgados pelo g1 nesta quarta-feira (11).
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O levantamento foi feito somente com os estados que fazem parte da Amazônia Legal. A região é formada por parte do Maranhão, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O estudo analisou os últimos três anos. Em 2022, o Maranhão registrou 1.606 mortes violentas e em 2023, foram contabilizados 1.552 casos.
A queda nas mortes segue uma tendência nacional. O número de casos na Amazônia Legal caiu 6,2%, mas ainda é 41,5% maior do que a média nacional, de acordo com o estudo.
Mortes Violentas Intencionais no Maranhão
Disputa de territórios e violência
A Amazônia Legal é uma região estratégica para as organizações criminosas. O Brasil faz fronteira com os três principais países produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Bolívia e Peru. "Além de ser vizinho desses países, o Brasil também é um grande mercado consumidor, e é um hub logístico dessa cadeia transnacional de produção de drogas", analisa o coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques.
Os crimes também se sobrepõem e se conectam. O narcotráfico tem usado, inclusive, as cadeias produtivas da madeira e do ouro para lavagem de dinheiro. Diferentemente da cocaína e da maconha, estes são produtos potencialmente legais.
➡️ O estudo também aponta uma relação direta entre a degradação ambiental e a violência. Os pesquisadores destacam nove vetores de desmatamento - corredores de expansão econômica que levaram violência em sua esteira. Os que causaram mais danos ambientais, de acordo com os pesquisadores, são as rodovias Cuiabá-Santarém e a Transamazônica.